terça-feira, 21 de junho de 2011

Só se é humano quando se ama




Não posso me imaginar na terra sem estar procurando por um alguém.
Não posso me imaginar num belo voou sem estar pensando em alguém.
Não posso me imaginar nadando sem alguém comigo me refrescando.
Não posso me imaginar consumindo o ar sem ter um nome para dizer quando esse mesmo ar eu soltar.

Não me imagino verdadeiramente forte sem alguém por quem lutar.
Não me imagino verdadeiramente segura sem alguém para abraçar.
Não me imagino verdadeiramente amada sem alguém para amar.
Não me sinto verdadeiramente mulher sem um homem para o qual me doar.









segunda-feira, 20 de junho de 2011

Soneto para quando o tempo passar

Irás ao alto tocar o horizonte,
ouvirás um suspiro no teu ouvido,
sentirás passar por tua fronte,
um ser que desistira de ter vivido

As saudades marcarão teu respirar,
trazendo o eterno que salta do fundo,
repugnado por anos, jogado ao mar,
perdendo teu vício de breve flutuar.

Não podes ser, do céu ao mar?
Viva tua solidão que pede solidão,
enquanto saio do nada e cubro teu véu

Ainda vais lembrar do teu caminho
mórbido por toda a eternidade. E eu?
Estarei no céu amando outro destino.

sábado, 18 de junho de 2011

Soneto para Maia

Como podes homem sábio?
És escultor da nossa terra,
Guerreiro de um desejo pátrio,
És o poeta que o poeta venera

És a cor das águas de março,
Que banham os mares da alma,
Limpam os nobres de rara calma
És a conquista das terras Maias.

És quem escreveu a vida em atitudes,
E que vive incessavelmente de luz,
Que transborda teu peito de virtudes.

Gladiador de conquistas humanas
Térreo, contador de causos
Já podes ser, homem sábio.

Poema para que abra os olhos

Enquanto não quebrares teu gelo,
E veres o sol cair dentro da noite,
Logo abrindo-a em raios divinos,
Serás mórbida em teu olhar.

Enquanto não parares os olhos em teus olhos,
E veres tua essência despindo teu véu negro,
E iluminares a ti sem buscar ideias nulas,
Serás mórbida, apenas mórbida.

Enquanto não aceitares aquilo que finge não querer,
Padecerá com teus jeitos cheios de jeitos,
Sucumbirá as tuas ânsias,
Serás mórbida, mórbida em teu olhar.
 

Poema da renegação

Amada, estás fixa em outros olhos,
Logo eles que não te olham,
E não vem teus defeitos em qualidades
Assim como só eu vejo

Porque desacreditas?
És a pintura mais bela do quadro,
A flor impodável do jardim,
A última gota de amor deixada por Deus.

Eis aqui teu romântico,
Nem primeiro, nem último
Apenas teu, unicamente teu.

Tolo, frágil, inconstante
Despindo palavras de onde não há,
Recompondo-se, compondo tua célula

Eis aqui teu inegável destino
Porque desacreditas?
A volta sabes, se faz quase tardia.

domingo, 12 de junho de 2011

Soneto de meus desejos

Não há mais por enquanto
Os beijos agora são cegos,
Nem se querem tanto,
São apenas fetos de fatos.

E a verdade é escondida
Não há por que gritares,
Nem por que chamares,
Está tudo morto, querida.

Vá lá, seja o que tu és
Nada! Se assim continuares,
Sentirás a solidão aos pés

Não! Não te desejo mal
Afinal, tens um novo alguém
Mas, esta só, ainda só como ninguém.

Soneto para ir embora

Carrega teus sentimentos para outro mar
O navio não flutua como deves,
És a única tripulante a navegar,
Sozinha, espera por quem não te queres

Não haverás dor nesta vida,
Nem o coração que te esperou,
Serás solitária em braços vazios
Enquanto isso, me ex-amor?

Vou embora navegando ao tempo
Me livro dessa tua força menor,
Dessa tua mísera fome de amor

Vai contar os segundos mortos
Naufraga da sua própria vida
Tens o que és: noite...noite...noite...
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